Levando em consideração que lidamos diariamente com animais em uma internação, mais especificamente felinos e com grande variação de enfermidades, é de extrema importância sabermos detectar de prontidão seu nível de dor/desconforto. Uma vez que, cessar tal sinal clínico é sinônimo de evolução clínica e qualidade de vida.
Possuímos na Medicina Veterinária, variantes que possibilitam a identificação de características físicas e comportamentais condizentes com dor. Temos como exemplo prático em nossa rotina a “Feline Grimace Scale” que baseada em expressões faciais dos felinos é possível classificarmos o limiar de dor somando pontos para cada aspecto como: posição de orelhas, abertura dos olhos, tensão do focinho, posição dos bigodes e posição da cabeça. O FGS como o costumamos chamar desenvolveu um Aplicativo para poder ajudar os tutores a identificar sintomas de desconforto na sua própria residência.
Outra método para considerarmos dor nos felinos é a “Feline Acute Pain Scale” esse parâmetro quando se refere a sinais como: prostração, agressividade, posição corporal e inapetência podem ser sinalizados como uma possível dor do gatinho. Os tutores podem facilmente nos descrever tais alterações observadas em casa, assim, é possível estabelecermos o protocolo ideal para gerar conforto e bem-estar aos nossos pacientes.
Cada felino deve ser analisado como um todo e individualmente, compreendendo as particularidades comportamentais e hábitos.


Por Bárbara Catran